O GUARDIÃO DO DIZER “VERDADEIRO”: JORNALISMO, ARGUMENTAÇÃO E FAKE NEWS

Autores

  • Eduardo Santos OLIVEIRA

Resumo

Inscrito no quadro teórico da semântica do acontecimento – proposto por Guimarães (2002, 2013, 2018, dentre outros), no qual a argumentação não diz respeito à técnica de persuasão ou de convencimento, mas sim à sustentação de uma posição de um “eu” a um “tu”, no acontecimento de enunciação –, este trabalho tem como objetivo analisar como o jornalismo argumenta ao delimitar e decidir o que seja verdadeiro ou não. Para isso, será observada a argumentação de enunciados nos acontecimentos enunciativos, considerando-os a partir das relações políticas (e, por isso, desiguais) estabelecidas nas cenas enunciativas, e das modalizações. A análise será feita a partir de recortes do texto “News não são fake – e fake news não são news”, de Eugênio Bucci, publicado no livro “Pós-Verdade e fake news: reflexões sobre a guerra de narrativas”, uma coletânea de artigos organizado pela jornalista Mariana Barbosa.

Referências

BENVENISTE, Émille. Problemas de linguística geral I. 5. ed. Tradução Maria da Glória Novak e Maria Luisa Neri. Campinas: Pontes, 2005.

BENVENISTE, Émille. Problemas de linguística geral II. 2. ed. Tradução Eduardo Guimarães. Campinas: Pontes, 2006.

BUCCI, Eugênio. News não são fake – e fake news não são news. In: Pós-verdade e fake news: reflexões sobre a guerra de narrativas. BARBOSA, Mariana (Org.). Rio de Janeiro: Cobogó, 2019, pp. 37-48.

GUIMARÃES, Eduardo. Semântica: enunciação e sentido. Campinas: Pontes Editores, 2018.

RANCIÈRE, Jacques. O desentendimento: política e filosofia. Tradução Ângela Leite Lopes. São Paulo: Ed. 34, 1996.

TRAQUINA, Nelson. Teorias do jornalismo. 2. ed. Florianópolis, SC: Insular, 2005. 1v.

ZOPPI FONTANA, Mónica Graciela. Pós-verdade: léxico, enunciação e política. In: RODRIGUES, Rosimar Regina et al. Linguagem e Significação: práticas sociais. Campinas, SP: Pontes, 2018, pp. 131-166. 2v.

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