O ACORDO E AS LETRAS MAIÚSCULAS: UM PEQUENO PROBLEMA

Autores

  • Carlos Alberto Faraco

Resumo

á no século 16, autores de livros sobre a ortografia do português se ocuparam em arrolar situações nas quais se deveria usar letra inicial maiúscula. Reproduziam, certamente, convenções correntes entre os que escreviam.

Pero Magalhães de Gandavo, por exemplo, em seu livro (o primeiro em português a tratar exclusivamente da ortografia da língua) Regras que ensinam a maneira de escrever e a orthographia da lingua Portuguesa, publicado em 1574, listava três situações:  a) o início do texto;  b) depois de ponto; c) nomes próprios de pessoas, lugares, rios e (curiosamente) “nomes exquisitos de animaes, ou bichos feroces”, além dos meses do ano.

Dois anos depois, em 1576, Duarte Nunes do Lião ampliou esta lista, na sua Regra XVII, incluindo nomes de montes, fontes, “deuses da gentilidade” (como Diana e Netuno) e os “nomes das gentes” (como Português e Coimbrão), mas não mais mencionando os “nomes exquisitos de animaes, ou bichos feroces”.

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