NA ARTEALIZAÇÃO, A ESTÉTICA DO (E NO) CORPO FEMININO

Autores

  • João Flávio de Almeida
  • Elaine Pereira Daróz
  • Marco Antonio Almeida Ruiz

Resumo

 A noção de beleza pode ser de grande interesse para o campo da Análise do Discurso, tendo em vista o funcionamento de todo um aparato ideológico e discursivo de assujeitamento a partir do belo. A partir do legado teórico outorgado por Michel Pêcheux (2015), propomos um diálogo com o campo da estética da arte a partir de Gilles Lipovetsky (2015), com o objetivo de lançar luz sobre o processo histórico de significação da beleza estético-artística que, na contemporaneidade, passa a ser cooptado como ferramental ideológico a serviço do mercado, sedentarizando espaços, objetos e corpos humanos (principalmente o corpo feminino), vertendo-os em produtos estetizados colocados à venda. No percurso que ora faremos, propomos com isso pensar essas questões a partir da “A estetização do mundo: viver no capitalismo artista”, tendo em vista os pressupostos fornecidos por Gilles Lipovetsky (2015), cuja função é lançar luz sobre os funcionamentos discursivos que sedentarizam sujeitos e corpos femininos no capitalismo estético.

Referências

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