UMA INVESTIGAÇÃO LINGUÍSTICA DO ESTILO NO GÊNERO PARÁBOLA

Autores

  • Aliana Georgia Carvalho Cerqueira
  • Vânia Lúcia Menezes Torga

Resumo

O ato de contar histórias é, em geral, relacionado à didática: mediação da leitura ou ensino por meio da ludicidade. Entretanto, esse recurso milenar de comunicação - que permitiu ao homem a preservação da sua cultura, da sua memória, antes do surgimento da escrita – pode, também, ser um ato de linguagem que requer do interlocutor (ouvinte/leitor) uma atitude responsiva, ao verificarmos, por exemplo, a cultura narrativa de povos da Antiguidade. Os povos antigos utilizavam-se de narrações alegóricas para persuadir, instruir ou corrigir, usavam a linguagem literária para possibilitar mudanças em seus ouvintes. Assim, contar histórias também corresponde a uma estratégia discursiva, que é evidente nas parábolas jesuânias. Não desconsideramos aqui a didática e as demais funções desse gênero - visto que, de acordo com Sant‟Anna (2010), a parábola pode desempenhar diversos papéis, principalmente o ensino de verdades morais ou religiosas -, mas nos deteremos no material literário em sua função discursiva que pressupõe uma ação responsiva.

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