NAS TEIAS DA EMOÇÃO: A PATEMIZAÇÃO NA SEÇÃO “NOSSA CONVERSA” DE CLARICE LISPECTOR SOB A PERSPECTIVA SEMIOLINGUÍSTICA

Autores

  • Leonardo Coelho Corrêa Rosado

Resumo

No âmbito da literatura brasileira, Clarice Lispector é conhecida como uma das mais significativas escritoras do modernismo. Suas obras tais como Perto do coração selvagem (1943), A paixão segundo G.H. (1964), Água viva (1973), A hora da estrela (1977), entre outras, revelam um traço de introspectividade muito grande, caracterizando uma literatura subjetiva. Com efetiva participação no meio jornalístico, a escritora produziu, para diferentes jornais, diversos tipos de colunas, dentre as quais se destacavam as colunas femininas. Em sua carreira jornalística, a escritora publicou três colunas femininas: “Entre Mulheres”, coluna do tablóide Comício, publicada entre maio e setembro de 1952; “Correio Feminino – Feira de Utilidades”, produzida entre agosto de 1959 e fevereiro de 1961, para o jornal Correio da Manhã; e “Só para Mulheres”, publicada entre abril de 1960 e março de 1961, para o jornal Diário da Noite. Em nenhum momento, porém, o nome Clarice Lispector aparecia no âmbito de alguma dessas páginas femininas, pois, por razões de cunho profissional, pessoal, entre outras, a escritora ou adotava algum pseudônimo, como é o caso da coluna “Entre Mulheres”, cujo pseudônimo utilizado era Tereza Quadros, e da seção “Correio Feminino – Feira de Utilidades”, ou era ghostwriter (do inglês ghost – fantasma; writer – escritor) de alguma celebridade, é o caso da coluna “Só para Mulheres”, em que Clarice Lispector era ghostwriter da atriz e manequim Ilka Soares.

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